terça-feira, 10 de maio de 2011

Nala



Inverno de 1998, vinha o Aner pela Alberto Bins e encontrou uma cachorrinha, bem peludinha, bonitinha, sendo chutada por um papeleiro.
Pegou a mesma e me trouxe, sabendo que eu estava indo para um sítio (desde aquela época, minha casa) e seria bem cuidada.
Lembro que fui buscar a Amanda (então com 8 anos) no Colégio Leonardo da Vinci Beta e levei a cachorrinha, ainda bebê, dentro de meu casaco de couro e na chegada mostrei para ela.
Óbvio que ela amou, queria mostrar para todas suas colegas e eu, bem mangolão com aquele bicho debaixo do casaco.
Levamos para casa e lá foi se aquerenciando.
Tinha uma mania, quando nós saíamos de casa, ela se escondia debaixo do porão, acho que temia algo na nossa ausência.
Quando estávamos chegando, fazia muito alarido, correndo junto à cerca do vizinho, latindo, como para mostrar que estava tomando conta do sítio.
O problema é que neste frenesi de mostrar trabalho, despertava a fúria dos outros cães do sítio, principalmente das Boxers que não gostavam de maneira nenhuma dela.
Depois de alguns ataques furiosos, separei as vira-latas das boxers, mas o problema da Nala que ela era muito "mala". Ela pulava a cerca e ficava junto com as boxers novamente.
Isso não tinha problema nenhum, a não ser quando algum movimento maior acontecia, como uma chegada de alguém, no sítio, ou mesmo raios e trovões em tempestades ou foguetórios em vitórias e derrotas da dupla GRENAL.
Dobrei o tamanho da cerca, achei que era impossível ela pular, e demorou bastante tempo para ela conseguir, e conseguiu numa noite de tempestade, onde as boxers estavam muitíssimas nervosas e a atacaram, e sem ninguém para apartar a luta desigual, só restou no outro dia recolher seu corpo e enterrar.