quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Vinda dos Andrighetti para o Brasil

Já vi que de Andrighetti a Itália está cheia e o Brasil também.
Pesquisei em outras árvores de Andrighetti e em poucas encontrei os mesmos descendentes.
Indo a Fonzaso em outubro de 2008, descobri o porquê. No cemitério da comuna, um Andrighetti para cada 5 enterrados. Meu pensamento inicial era que tendo tantos debaixo da terra, poderia não ter ninguém em cima. Ledo engano, em cada esquina de Fonzaso tinha um Andrighetti.
Bem em algum lugar no passado todos tem a mesma origem, ou seja, temos um ancestral comum., mas este não é o caso agora.
Em conversas com minha mãe, depois de uma certa idade até isso acontece, conversamos com nossos pais e mães. Com o pai não consegui fazer isso, com a mãe estou conseguindo. Espero que meus filhos e filha consigam fazer isso com o pai deles, é minha esperança.
Voltando, em conversas com minha mãe, descobri que não só o Pasquale mas também o pai dele, o Vittore Andrighetti vieram da Itália para o Brasil, tenho agora que descobrir em que data para ver a idade de ambos quando aqui chegaram.
O Pasquale ficou bastante tempo no Brasil, tem várias histórias dele que vou contar mais tarde, mas o Vittore Andrighetti não teve muita sorte, reza a lenda que a primeira árvore que derrubou no território brasileiro, caiu em cima dele e o matou.
Imaginei ele saindo de Fonzaso, indo até Gênova, pegar o navio, demorar não sei quanto tempo, chegar em São Paulo, se dirigir para o Rio Grande do Sul, se instalar, receber sua gleba de terras, fazer mentalmente o projeto de vida, pegar seu machado e iniciar a derrubada da mata por uma árvore que lhe daria madeira para a construção da sua casa, lenha para sua fogueira, moerões para a sua cerca, se se usava isso na época, e a maldita árvore cai na sua cabeça.
Ele não soube de mais nada, o pior foram os que ficaram. Provavelmente tenha vindo com a esposa e mais algum filho além do Pasquale, primos e irmãos com certeza, pois a prole de Andrighetti era grande também naquela épóca. Destes que vieram com ele, provavelmente alguns até presenciaram o fato, outros até participaram (quem sabe tentando empurrar a árvore que estava caindo). Não dá para medir o que era na época a perda de alguém, mas como hoje, deve ter sido sentida a sua partida.